ENTRE 2001 A 2015 FORAM 38.084 HOMICÍDIOS, SEGUNDO DADOS DO DATASUS, NO ESTADO DO CEARÁ.



ENTRE 2001 A 2015 FORAM 38.084 HOMICÍDIOS, SEGUNDO DADOS DO DATASUS, NO ESTADO DO CEARÁ.

Autor: Francisco Sérgio da Silva Evangelista – Pós Graduado em Politicas e Gestão em Segurança Pública – Especialista em Policiamento Comunitário pela a SENASP-MJ e Subinspetor da GMF há 35 anos na ativa.

Fazendo uma análise das mortes por agressões no estado do Ceará entre 2001 a 2015 conforme o gráfico 01/2018 é observado que foram 38.084 mortes. O gráfico mostra que de 2001 a 2014 a criminalidade só aumenta e que em 2014 foi o ano mais violento no nosso estado desde 2001. A notícia boa é que em 2015 teve uma diminuição de assassinatos. Em Fortaleza, segundo gráfico 02/2018, o fenômeno é o mesmo, muito assassinatos, entre 2001 a 2015 foram 17.984 mortes por agressões, o ano mais violento foi também 2014, porém, também teve uma diminuição em 2015. No entanto, embora aponte, segundo a tabela do DATASUS/MINISTÉRIO DA SAÚDE, a diminuição dos homicídios do ano de 2015 em relação à do ano de 2014, no estado e capital, ainda não é possível constatar diminuição nos homicídios, é preciso esperar os índices dos anos de 2016 e 2017. É muito cedo para comemorar. A Unesco esperou três anos para avaliar São Paulo e constatar que o crime estava caindo”, explicando melhor, é necessário três trimestres seguidos com os índices de criminalidade em baixa.




Em relação aos outros municípios, no gráfico 03/2018, mostra os municípios mais violento depois de Fortaleza. São eles, Caucaia, Juazeiro do Norte, Maracanaú e Sobral. É preciso observar, que, historicamente, os números apresentados pelo o DATASUS são superiores aos números apresentados pelas as Secretarias de Segurança Pública dos Estados.


Conforme a tabela 01/2018 - Total de HOMICÍDIOS entre 2001 a 2015 dos municípios do Estado do Ceará, nos mostra que os municípios menos violentos nestes 15 anos foi os municípios de; Alcântara, Granjeiros e Martinópele com 2 HOMICÍDIOS.





Sem dúvida, os nossos cidadãos convivem em um cenário de guerra extrema. Tem uma frase que diz; “Se queres paz, prepare se pra guerra”, a frase citada é uma verdade, pois, depois da guerra, vem a paz, no entanto, no caso do enfrentamento da criminalidade e da violência urbana, só ações ostensivas não são bastantes para diminuir os espinhosos números de homicídios, feminicidios e latrocínios. Temos um exemplo atual destas ações que é a Intervenção Militar no estado do Rio de Janeiro, a onde a criminalidade local só aumentou. As ações reativas se fazem necessários, são indispensáveis, porém, junto com elas, faz se necessárias ações proativas, isto é, políticas públicas preventivas. Estudos mostram que a maioria das mortes está concentrada em torno das periferias, e a principal causa é a vulnerabilidade social das comunidades que moram nestas áreas, na ausência de saneamento básico, ruas não asfaltadas e sem iluminação pública, sem postos de saúde, escolas públicas precárias, sem creches públicas, em fim, sem a condição básica para uma pessoa sobreviver com dignidade. Os municípios devem trabalhar com Políticas Sociais e Econômicas, criando condições de inclusão e reduzindo os incentivos à violência. Combatendo por exemplo, a evasão escolar, pois, é um importante fator de vulnerabilidade, ruas com iluminação pública de qualidade, calçadas padronizadas, vias limpas e oferta de transporte público integrado, criando assim espaços seguros de convivência de ir e vir. A presença de instituições e de procedimentos que façam a mediação de conflitos, nestas áreas, as pessoas fazem a resolução dos conflitos pelas próprias mãos. Em um futuro bem próximo, a segurança pública local vai ser de responsabilidade e dever dos municípios, apesar dos obstáculos da Institucionalização da chamada “Municipalização da Segurança Pública”. As Guardas Municipais sejam elas, com as nomenclaturas, Comunitárias, Metropolitanas ou Civis, deverão exercer integralmente junto com as comunidades locais, sociedade Civil e com as outras forças policiais um trabalho preventivo e ostensivo, com mais ações proativas e menos reativas, por exemplo; A mediação de conflitos caberia as Guardas Municipais, no entanto, observa se que a maiorias destas Instituições têm uma metodologia de trabalho para atuar igual a das Polícias Militares. As Guardas deverão atuar nas duas linhas de frente, isto é, de maneira preventivamente e quando necessário ostensivamente. Infelizmente, muitas Guardas Municipais trabalham só no enfrentamento ostensivo, são poucas que ver na prevenção a minimização a logo prazo da violência urbana.
NOTA:
Para identificar casos de mortes violentas no estado do Ceará entre 2001 e 2015, foram selecionados dois Grandes Grupos de categorias da CID nas estatísticas de mortalidade do Datasus: Agressões (cujo código compreende as categorias X85-Y09) e Intervenções legais e operações de guerra (que reúne as categorias Y35-Y36). Disponibilizamos também o download de duas planilhas com a íntegra dos dados públicos brasileiros usado no trabalho "CEARÁ EM GUERRA": dados municipais e dados estaduais.








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