EX GUARDA MUNICIPAL DE FORTALEZA, E ATUALMENTE, POLICIAL CIVIL (ESCRIVÃ) DO ESTADO DO CEARÁ SALVA A VIDA DE PAI E FILHO EM VIA PÚBLICA.


EX GUARDA MUNICIPAL DE FORTALEZA, E ATUALMENTE,  POLICIAL CIVIL (ESCRIVÃ) DO ESTADO DO CEARÁ SALVA A VIDA DE PAI E FILHO EM VIA PÚBLICA.

Autor: Francisco Sérgio da Silva Evangelista  -  Pós Graduado em Politicas e Gestão em Segurança Pública e Subinspetor da GMF há 35 anos de serviço.

A ex-guarda municipal de Fortaleza, é agora, policial civil do Estado do Ceará salvou a vida de pai e filho em via pública, O caso citado aconteceu por volta das 17h, na avenida Silas Munguba, à altura do entorno da Arena Castelão. A escrivã, identificada como Tárgilla Bié Brito, presenciou um grupo de torcedores vestidos com camisas do Fortaleza Esporte Clube agredindo violentamente, com chutes e socos, dois torcedores vestidos com a camisa do Ceará Sporting Club, pai e filho, que ocupava uma moto. As vítimas foram derrubadas e arrastadas da motocicleta em que estavam. Nesse momento, a ex-guarda municipal, e agora, policial civil,  mesmo estando de folga e se encontrando no quarto mês de gestação, não hesitou em socorrer as vítimas, efetuando disparos de arma de fogo para o alto enquanto se identificava como policial. Os agressores, então, se dispersaram, conforme o vídeo.
Tárgilla é escrivã de Polícia Civil há pouco mais de um ano e foi guarda municipal de Fortaleza por três anos. Aos 25 anos, ela está grávida de cinco meses da sua primeira filha: Cecília. Segundo ela, foi com um instinto materno que ela resolveu agir quando presenciou as agressões. “Na hora que eu vi, eu pensei logo que matariam o rapaz e que poderia ser uma mãe chorando a perda de um filho. O adolescente que estava na garupa da moto e foi arrastado estava levando muitos chutes na cabeça. Eu sabia que se não fizesse nada, talvez aquele torcedor tivesse morrido ou até estivesse em coma, e teria uma mãe chorando junto com ele”, disse ela. A escrivã contou ainda que no primeiro momento não percebeu que as vítimas tratavam de pai e filho. Ela disse que ouviu o adolescente chamar pelo pai, mas achou que poderia ser pelo fato de estar atordoado. “Na hora que parou, eu ouvi ele gritando ‘pai, pai’, foi quando a outra vítima se aproximou”.
Aos ser questionada sobre o que gostaria de falar para as pessoas que ajudou, Tárgilla manda um recado: “agradeçam a Deus pelo livramento. Talvez as orações da mãe do adolescente em casa, pedindo para proteger, foi o que me colocou lá na hora”. Ela ainda afirmou que se fosse preciso, faria tudo novamente. “Eu faria tudo outra vez, mesmo me colocando em risco. Vou ser mãe, e me pergunto: Se fosse um filho meu? Ou até mesmo se fosse algum familiar meu que estivesse na situação e tivesse alguém lá podendo ajudar e não tivesse feito, eu me sentiria muito mal. Eu jurei defender as pessoas”, finaliza ela.
Nas torcidas, pequenos grupos de torcedores destacam-se pelo o uso ostensivo da força e da violência. Infelizmente, é o uso da força não autorizada pelo o estado, que atrai os jovens para as torcidas. Como agressividade é característica essencial nestes pequenos grupos, observa-se, quanto mais aumenta os atos de violência e de mortes praticados por estes membros, mais cresce o número de jovens torcedores a fazerem parte  destes grupos e a violência sem limites passa ser marca registrada deles. Foi o que aconteceu neste episódio, foi o uso de muita violência por parte de um grupo de torcedores, que na verdade não são torcedores, são marginais, e sim não fosse a intervenção da ex-guarda, os dois teriam sido mortos, acredito que os três anos como GUARDA MUNICIPAL e há um ano na Polícia Civil ajudou muito a escrivã na ação. Mas lamentável e vergonhoso, é saber que esses mesmos bandidos que se nomeiam torcedores têm um "dia oficial" para comemorações e festas, através da Lei Municipal 10.854 de 10 de janeiro de 2019, que foi instituído o dia das "Torcidas Organizadas", comemorado todos os dias 16 de março em Fortaleza.

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